Sky, patinagem e mercatini

Em tempo de neve e frio não podemos deixar passar a oportunidade de experimentar coisas novas. Desta vez foi tempo de sky, patinagem no gelo e mercatini di natale.

Do sky: sou a maior azelha do mundo. 1º passo, conseguir mexer-me com aquelas tábuas nos pés; 2º passo, conseguir parar com aquelas coisas nos pés. Foi ver-me aos tombos a cada 100 metros, a descer as rampas de cu na neve de tão farta que estava, a tirar os skys e ir a pé. Enfim, valeu pelos ascensores que passam por lugares incríveis, pelas fotos, pelos kinder bueno oferecidos (grazie Dario) e pela experiência nova (a não repetir por mim). Claro que a sky profissional Diana já lá voltou e fez o maior sucesso!

Do mercatini di natale: durante o mês de Dezembro, há na piazza fiera um mercadinho de natal que além de artesanato, comidas típicas e lembranças vende bebidas típicas, o nosso tão amado vin brulè, quente e com canela. não há nada que saiba melhor do que um copinho de brulè nas ruas geladas de Trento (juízo J.P. que já tens idade), e claro as tão amadas batatas fritas do Fel.

Da patinagem: claro que Ana e Diana dominam as pistas e até dançam I gotta feeling a patinar. Desta vez não houve nenhum border down a não a ser a Ana que se decide sentar no gelo para a foto de grupo e depois foi vê-la a rebolar para se pôr a pé. A experiência já se repetiu e desta vez a Ana decide dar o ar de sua graça e espalhar-se no chão, ao que se segue o pro Dario e pimba, mais um border down.

Esperamos por novas aventuras frias...

Quarto de militar

Sim, quarto de militar porque o nosso quarto (principalmente a cama) é mesmo à militar: minúscula. Os cobertores castanhos feiinhos e nada de edredons coloridos também ajudam a este aspecto deslavado. Não podemos esquecer o despertador que toca todos os santos dias (excepto fim-de-semana, quando não calha) às 7h15 da manhã. Só falta a corneta. Para ajudar, como só temos uns lençóis cada uma, lá há um dia da semana (normalmente ao sábado) que temos de dormir sem lençóis.

Para contrastar com esta dureza militar fomos decorando o quarto com mapas de cidades que já visitamos, fotos de portugal, lembranças que as visitas nos foram deixando e outras recordações. Apesar de tudo é o nosso quartinho que nos acolhe a ver Grey, que nos faz ter aventuras com gafanhotos, que nos acolhe as conversas quando não há sono.

É um bom quarto...

Fim-de-semana de chocolate

Não, não fomos à festa do chocolate em Óbidos...

Sábado foi dia de bolo de chocolate mesmo bom (és uma fixe mamã Diana), domingo foi novo dia de adoçar a boca. Depois de uma tentativa de ir a pé para o centro (o vento gelado não deixou) e de nos apercebermos que estava tudo fechado lá fomos nós experimentar um café que há muito nos chamava a atenção: Milky Walky. Optamos por um fondue de chocolate com frutas e bolachinhas que soube pela vida. Claro que, como não podia deixar de ser, a Ana deixou fugir um pedacinho de banana que rolou pelo café e a Diana maquiou-se de chocolate.

À vinda para casa lá tivemos de dar uma corridinha para apanhar o 2 para Vela...

Bzzz... Choque no pacote de leite

Os nossos dias têm sido assim ultimamente... Electrificantes.

Ele é acordar com os cabelos a colar à almofada, tirar o cobertor da cama e ouvir aquele barulhinho cxicxicxi da electricidade na roupa, tocar no telemóvel e dar choque, tocar em outras pessoas e saltar. Uma festa! Mas preparem-se para a melhor: Diana a tirar pacote de leite do frigorífico e apanhar choque. eheheeh. Só devia ter tirado foto!

É o que faz o tempo seco seco de Trento.

Ausência

Sinto que talvez a minha presença na vida das pessoas seja por vezes um pouco fantasma.

Não me faço ver muito, não mando muitas mensagens, não ligo todas as semanas, não comento nas redes sociais e então no que diz respeito a este blog acho que só publiquei dois ou três posts.

Mas na inversão de vidas, a presença das pessoas na minha vida é como que alimento que me sorrir e agradecer!

Antes de regressar a Itália brincava com uma amigo meu dizendo que as minhas amizades tinham validade de 12 meses caso não as visse, passado 12 meses de ausência de visão sobre elas expirava a amizade.

Dei por mim a fazer contas e na verdade as pessoas que mais constroem (ou construiram e estão ainda presentes) o meu EU estão na sua maioria sem me pôr a vista em cima há uns tempos, muitas delas mais de 12 meses!

Por entre o silêncio de que sou feita, amo cada um de forma especial a cada momento da minha vida. Vou percorrendo caminhos que aumentam as minha amizades de ausência, mas fazendo-se eternamente presentes! A cada chegada dou de mim tanto quanto deixei da última vez que estivemos e, por isso, magoa-me que as coisas se alterem pela distância física num tempo que para mim se faz sempre presente...

Este é só um post para aqueles vêem este cantinho e não encontram a minha presença fisica que se traduziria na escrita.

É também para todas as 'ausências' da minha vida...Ana's e José's, Maria´s e Manuei´s, Joana´s e Joõe´s!

Por existirem na minha vida...

Por serem o meu mais a cada presente...

Para saberem que ausente vos trago sempre...

[Obrigada Ana por fazeres esta cena rolar]

Terminal de Aeroporto

Ficar toda a noite no aeroporto é divertido (ou pode ser às vezes) mas não tanto como nos filmes. E já foram algumas as noites que lá passamos.

Na estadia no aeroporto o principal é chegar lá com todas as malas e escolher um bom spot. Um bom spot escolhe-se pelo melhor banco para deitar, lugar quentinho, sossegado, longe da casa-de-banho e bares pois caso contrário tem muita afluência e para ser perfeito perto de alguma tomada para carregar o tlm e ver filmes e séries no PC. Depois, durante a noite é ir arranjando que fazer: tirar roupas da mala para servir de almofada/cobertor e ir dormitando, ler todos os placares informativos que lá houver, ir vendo os vôos que chegam e partem, passear por lá e ir conversando.

E deste ir conversando surgem, às vezes, personagens estranhas mas engraçadas que ajudam a passar o tempo. Desta última estadia salienta-se um senhor que nos fazia perguntas, respondia e passava para a pergunta seguinte sem uma única palavra da nossa parte (tudo em italiano rapidissimo), cantava o "I wanna fly, fly, flyyyyy" e dizia que ia para Londres. Ao que a Di concluiu ser um maluquinho que vai para o aeroporto e pensa que vai viajar e acaba por não sair de lá. Com esta história ganhamos uma tablet de chocolate que a única senhora que estava perto do nosso spot decidiu oferecer-nos sem mais nenhuma palavra trocada (solidariedade feminina por termos de aturar o crazy viajante).

E são assim emocionantes as noites nos aeroportos...